Depois ter paralisado o mundo em uma sexta-feira e afetado mais de 300.000 sistemas segundo as últimas contagens, no final das contas, o WannaCrypt rendeu muito pouco para seus criadores.
O prazo para o pagamento do resgate dos arquivos encriptados se esgotou e a estimativa nessa segunda-feira é que menos de 0.1% das vítimas teria pago o valor pedido pelos criminosos.
Segundo um robô que monitora as contas de Bitcoin associadas com o ransomware e posta os resultados no Twitter, somente 297 pagamentos foram efetuados em todo o mundo e o montante total angariado pelos responsáveis chega a US$106 mil na cotação atual da moeda virtual. Considerando-se o nível de preparo dos golpistas eletrônicos e sua capacidade de executar um ataque simultâneo coordenado, é uma arrecadação pífia, ainda mais para um vírus que ganhou as manchetes dos jornais.
Ameaças similares mas menos espetaculares apresentaram resultados melhores. A indústria de segurança avalia que o mercado de ransomwares tenha gerado um faturamento de mais de um bilhão de dólares no ano passado para os cibercriminosos.
Embora o WannaCrypt tenha rendido menos do que se imaginava para seus criadores, ainda assim o prejuízo causado a empresas, consumidores e usuários comuns é incalculável. E a reação das autoridades está sendo proporcional: pesquisadores de segurança e forças policiais do mundo todo estão colaborando para rastrear, identificar e trazer os autores do ataque até a Justiça.
