Pouco mais de uma hora depois de entrar em vigor o terceiro bloqueio do aplicativo no país em menos de um ano, o WhatsApp se manifestou publicamente em nota oficial sobre o tema.
A empresa reiterou que não tem condições técnicas de atender às solicitações da Justiça e que espera ver o bloqueio suspenso em breve.
“Nos últimos meses, pessoas de todo o Brasil rejeitaram bloqueios judiciais de serviços como o WhatsApp. Passos indiscriminados como estes ameaçam a capacidade das pessoas para se comunicar, para administrar seus negócios e viver suas vidas. Como já dissemos no passado, não podemos compartilhar informações às quais não temos acesso. Esperamos ver este bloqueio suspenso assim que possível”, afirma a nota enviada pela assessoria de imprensa da sede local da empresa.
Entretanto, a juíza Daniella Barbosa Assumpção de Souza, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro, é categórica e firme em sua posição. A magistrada criticou abertamente o sistema de criptografia adotado pelo WhatsApp e o classificou como um “escudo protetivo para práticas criminosas, que, com absurda frequência, se desenvolvem através de conversas, trocas de imagens e vídeos compartilhados no aplicativo”.
Ao contrário de bloqueios anteriores, que tinham prazo para terminar, a suspensão determinada pela juíza Barbosa não tem prazo de validade e deverá vigorar até o WhatsApp atender às demandas judiciais ou for impetrado uma contra-medida jurídica, como aconteceu nos outros casos.