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WikiLeaks revela malware da NSA para espionagem de sistemas Linux

A caixa de Pandora da WikiLeaks sobre ferramentas e táticas empregadas para espionagem eletrônica pela NSA continua aberta e o horror da semana afeta diretamente usuários Linux.

Batizada de OutlawCountry, ferramenta permitia que agentes desviassem tráfego de saída de máquinas Linux para servidores controlados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos.

A revelação faz parte do chamado Vault7 da WikiLeaks, que entrega segredos de monitoramento da NSA. A documentação que vem a público é relativamente recente, com data de 2015 e descreve com perfeição como eram executadas as operações de espionagem utilizando o OutlawCountry. O módulo era capaz de criar uma tabela de netfilter oculta, sobrepor outras regras de tráfego vigentes e só poderia ser detectado se o administrador conhecesse o nome da tabela secreta, nomeada de “dpxvke8h18”.

De acordo com os dados vazados, o ataque foi desenvolvido para afetar sistemas Red Hat Enterprise Linux 6.x ou CentOS 6.x 64-bit com o kernel 2.6.32 do Linux. Usuários do Red Hat Enterprise Linux 5 e 7 não são afetados pela ferramenta. Para utilizá-la o operativo deveria “confiar nos exploits e backdoors da CIA disponíveis para injetar o módulo do kernel no sistema operacional alvo”, mas não menciona que vulnerabilidades seriam essas que permitiriam a instalação e a execução do OutlawCountry.

A Red Hat publicou um guia onde comunica que está investigando o caso e informa como os administradores podem proceder para identificar a presença do módulo do OutlawCountry em seus sistemas. Entretanto, a Red Hat lembra que o próprio manual de uso vazado da NSA dá instruções aos agentes sobre como remover qualquer traço da invasão dos sistemas que foram comprometidos, uma vez concluída a operação de espionagem.