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YouTube Red: o que deu errado?

Desde Outubro do ano passado, o YouTube colocou em funcionamento o YouTube Red, sua versão paga e com conteúdo exclusivo para assinantes. De lá para cá, a iniciativa não se tornou conhecida pelo sucesso…

O serviço segue com uma baixa taxa de adesão de usuários, pouco conteúdo que justifique a assinatura e fontes internas indicam que o próprio YouTube está insatisfeito com os resultados.

Criado para ser uma resposta do YouTube a outros serviços pagos, como o Hulu e o Netflix, um ano depois ele arregimentou apenas um milhão e meio de assinantes que pagam mensalidade, mais um milhão de usuários cadastrados para experimentar sem compromisso. Perto da marca de um bilhão de usuários da versão gratuita da plataforma de vídeos, parece que o serviço está encontrando dificuldades para convencer as pessoas a pagarem por conteúdo que foi “gratuito” (leia-se “sustentado por publicidade”) durante anos.

Um ano depois, YouTube Red continua restrito a quatro mercados: Estados Unidos, México, Austrália e Nova Zelândia. Esse fator pode explicar a baixa adesão ao sistema de assinaturas, mas também pode ser resultado da falta de confiança do YouTube em estender o serviço para outras regiões.

Em termos de conteúdo, até o final de 2016 a plataforma terá 20 séries e filmes originais para o Red. Destes, apenas 4 foram renovadas para o próximo ano. Apesar da adesão inferior ao esperado, produtores de conteúdo que aderiram à plataforma relatam um aumento significativo no número de assinantes e nas visualizações.

Oficialmente, o Google declarou que está “satisfeito com o embalo por trás do YouTube Red” e que está vendo um “crescimento sadio de membros a cada mês”, assim como “um forte engajamento com o serviço nos quatro países em que lançamos, levando-nos para mais séries originais e filmes para 2017”.  Ainda que os comentários nos bastidores digam o contrário, é certo que o Google não tem pressa e continuará apostando no serviço de assinatura para o ano que vem.